segunda-feira, 24 de março de 2014
MISÉRIA!!!
Olhos tristes,
Quase vidrados,
Sorriso perdido,
Olhar distante
Diluido no tempo,
Lágrima contida
Nas rugas profundas
De face amarelada!
Cabelos cinzentos
Ao sabor do vento,
Noites perdidas
Num mar de lamento,
Sonhos sem vida,
Duvidas,tormentos,
Sina sem sorte
Cantada num fado
Com voz dorida!
Sono de morte,
Destino marcado,
Soneto pobre
De rima cansada,
Miséria de vida!
domingo, 16 de março de 2014
UM ADEUS!!!
Um adeus
Como tantos outros,
Sem saber
Que era o ultimo,
Nem que os malmequeres
Iriam murchar
E as papoilas encarnadas
Mudavam de cor,
Nos campos verdes
Da minha infancia!
Um adeus
Não despedida,
Um regresso sem olhar,
Calmo,sem a dor
Que agora sinto,
Ao saber que te perdi!
A morte não é partida,
Não é adeus ou despedida,
Tão pouco fim da amizade,
Muito menos o fim da vida!
É viagem
No mar da saudade
E um estado de turpor
Que um dia vai acabar!!!
terça-feira, 11 de março de 2014
SONHO TROPICAL!!!
Quero uma ilha encantada,
Com palmeiras e coqueiros,
Praias de areia dourada,
Céu azul de Primavera,
Um luar da côr da prata
E no mar calmo,
Um canto de sereia!
Refúgio no oceano
De água morna e esverdeada,
Onde alterna o violino
Da morna saudosa,
Com o tambor da batucada
E o chilrear dos pardais
Quando nasce a alvorada!
Quero a mulata dengosa
A dançar a noite inteira,
De ancas bamboleantes,
Dentes brancos a sorrir
E olhos de doce olhar!
Quero o Paraíso na terra,
O céu só para mim
E o monopólio do mar!
Então,
Haverá nova esperança,
Na vida da mulata que dança,
Na noite da sereia que canta
E no fim dos donos da guerra!
quinta-feira, 6 de março de 2014
VALE DA MINHA ALDEIA!!!
Lavo o olhar
Na seara dourada
E a alma,
No campo de girassóis
Do vale da minha aldeia,
Onde sopra a brisa calma
Que me empurrou para a vida!
Apanho uma papoila encarnada
Que transformo em sereia,
Para que cante a noite inteira!
Refresco os olhos
No luar de prata,
Que ilumina estrelas cadentes
E a voz apaixonada,
De um cantor de serenata!
Vivencia perdida
De saudoso encanto,
Origem de um rumo
Diluido no tempo,
Estertor de fogueira
Reduzida a fumo,
Final de corrida
Sem fim definido,
Promessa falhada
De mudar o mundo,
Triste lamento
Num poema esquecido!!!
domingo, 2 de março de 2014
ESQUINA DA RUA!!!
Quero virar a esquina,
De uma rua
Que não é minha,
Percorrer caminhos cruzados
Num labirinto
De vidas perdidas,
Entender sentimentos,
Sentir saudades
De momentos passados
E semear ventos
Sem colher tempestades!
Quero virar a esquina
De uma rua
Que não é minha,
Mas que um dia,
Poderá vir a ser a tua!
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