segunda-feira, 25 de novembro de 2019

DESEJO!!!



Que o céu se abra
E me deixe entrar,
No dia em que a Terra
Se cansar de mim!
Apenas peço,
Que me deixem levar
A rosa encarnada
Do meu jardim!

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

FLOR DO PRADO !!!




HOJE,
Ao entardecer,
Morreu uma flor no prado!
O mundo ficou mais pobre
E eu fiquei mais só!
Era única e protegida,
Amada até morrer,
Passeava de braço dado,
Nas vielas do meu jardim!
Morreu a flor do prado,
Que se desfez em pó
E desfez a minha vida!!!


segunda-feira, 18 de novembro de 2019

PAPIRO AMARROTADO!!!





Aterrou a meus pés,
Uma gaivota branca,
Cansada,
Que trazia no bico,
Um papiro amarrotado,
Onde vinha uma mensagem,
Que o vento não apagou!
Foi um acto de coragem,
Escrito a tinta de sangue,
Aquele que me chegou!
Dizias em letra tremida,
Que era uma despedida,
Fim de sonho que falhou!
Andei o resto do dia,
Meio louco,
Na areia molhada,
Banhado pela água salgada
De um mar de desilusão!
Guardei na alma,
O papiro amarelado
E percebi finalmente,
Como a vida é solidão!

sábado, 16 de novembro de 2019

DIA DE CHUVA!!!



Cai a chuva impiedosa,
Nas terras há pouco lavradas,
Escorrem lágrimas nas vidraças,
Fica verde a Natureza,
As aves estão abrigadas,
Sorriem as flores campestres !
É um festival de beleza,
Que hoje Deus criou
E ofereceu de mão-beijada,
A nós pobres terrestres!

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

RECORDAÇÃO !!!




Os meus olhos,
Não enganam,
O meu sorriso
Também não!
Na alma guardo tristeza,
No espirito
Um mar de emoção!
E no entanto
A hora é de calma
E de recordar saudoso,
Um mar de eterna beleza!

terça-feira, 12 de novembro de 2019

SINA!!!



Quero a tua mão,
Para te ler a sina!
A linha da vida,
A do coração,
O futuro que te espera,
A esperança que podes ter,
Quanto podes sofrer,
Tudo o que é verdade,
Ou apenas uma quimera!

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

NOITE FRIA EM DIA TRISTE!!!




Noite fria
De luar prateado,
Vento Norte
Que sopra forte
E afasta a escuridão!
Vampiros gigantes
Que comem tudo
E não param de voar!
Sonhos antigos,
Montanhas de ilusão,
Desfeitas de madrugada,
Quando o Sol nascer
E apagar o luar!
Amores perdidos,
Por tudo e por nada,
Num dia triste
Que quero esquecer!

domingo, 10 de novembro de 2019

CAUSA PERDIDA !!!






Sento-me
Nas pedras do cais,
À espera que alguém me diga,
Porque tenho de sofrer!
Responde-me uma vez mais,
O silêncio do fim de dia
E o adeus do Sol Poente
Num ritual conhecido!
Mais um dia que passa,
A fazer contas à vida
E de esperança em causa perdida!


sexta-feira, 8 de novembro de 2019

MAR DE SAUDADES !!!



Quando
A maré subir,
Apanho o barco encalhado,
De proa pintada de azul
E vou partir
Para a ilha encantada,
De palmeiras e coqueiros,
Onde a vida não acaba,
O mar refresca o céu,
A brisa sopra suave
E sinto que o mundo é meu!
Quando a maré subir,
Quero levar-te comigo,
No barco de proa azul
E encontrar um abrigo,
Onde possa resistir
A ventos e tempestades
E acabar de vez
Com o meu mar de saudades!!!

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

PENSAMENTO CRUZADO !!!




Quero fotografar
O teu corpo,
Ao fim do dia
E em contraluz!
Percorrer os teus recantos,
Memorizar os teus encantos
E descobrir uma vertente,
Parte integrante do amor!
Quero filmar com os olhos
A tua alma,
Ao cair da noite calma,
À luz do luar
Que é só meu,
Confirmando que o espirito
É origem do pensamento,
Que se cruza com o teu!

sábado, 2 de novembro de 2019

SONHOS QUE ARDEM !!!




Sonhos que ardem,
Nas brasas
Da lareira incandescente,
Em dia frio de Inverno
E morrem
No fumo branco
Que sai da chaminé,
Direitos ao céu,
Em noite de breu!
Segredos perdidos
Em baú de pau santo,
Para sempre escondidos,
Nas malhas do tempo!
A vida é assim!
Sonhos, segredos,
Queimados, perdidos,
Ilusões, pecados,
Amores proibidos,
Emoções ,actos falhados,
Mistérios sem fim!

CAMPOS DE OUTRORA !!!




Olho os campos
Onde outrora
Havia searas ondulantes!
Resta a terra seca,
A erva daninha,
E o pó que o vento levanta!
Já nada é como dantes!
Morrem os malmequeres,
Secam os lírios roxos,
Já não há girassóis,
O milho não é dourado,
O trigo já lá não mora,
Os melros estão de luto,
Os pardais piam pouco,
Tristes e envergonhados !
Dilui-se a memória no tempo
E até a fraga onde me sento,
Perdeu a frescura que tinha!
Resta o sino da velha capela,
A tocar de hora a hora,
À espera que a noite chegue
E a saudade vá embora!