MEDIDAS DE AUSTERIDADE!

Informa-se o contribuinte,
Das medidas tomadas,
Sempre a bem da Nação,
Impostas pela Troika,
E por nós assumidas
Sem qualquer contestação,
Mesmo que para tal,
Um dia vires pedinte!
Aumentam-se impostos,
Combustíveis,transportes
E as taxas moderadoras!
Acaba o bónus do Natal,
Corta-se nas reformas,
Nas horas que dás a mais,
No subsídio de desemprego
E nas regalias sociais!
Despedem-se professores
E para cumprir as normas
Acabam-se os incentivos,
Para os futuros doutores!
Sobem-se os escalões
Do I.R.S, I.R.C e do I.V.A
Sobre os bens essenciais,
Até porque consideramos,
Que se gasta e come demais!
Mas atenção ás contrapartidas!
Protegemos os bancos,
Os seus pobres patrões,
As fortunas dos milionários
E até damos cargo e abrigo
A uma dúzia de vilões,
Que são reis dos honorários,
Criminosos,vigaristas e aldrabões,
Escondidos atrás das dunas,
Á espera que passe o perigo!
Digam o que disserem,
Não resta qualquer dúvida,
Que nos assiste a razão!
Como tal, bico calado
E nada de contestar
As medidas de austeridade
Qualquer que seja a dôr,
Qualquer que seja a idade,
Senão, entorna-se o caldo
E acaba-se com a revolução!



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AUSTERIDADE!

REGABOFE!

A comunicação social portuguesa,parece ter encontrado finalmente o bode expiatório ideal,para camuflar a miserável situação em que este Paìs se encontra!Somos bombardeados em permanência com as notícias repetitivas, sobre a ilha da Madeira e as atitudes do Alberto João Jardim,sempre que possível zurzindo no homem,numa oportunidade única de vingança platónica,não se sabe bem porquê,talvez relacionada com o desprezo total a que ele vota alguns jornalistas,uns quantos jornais e também um ou outro canal de televisãoi.Tudo bem, há buracos,há fraudes,há desvios, há irresponsabilidade,há falta de democracia e provocação sistemática e dirigida?Apesar de ser muita palha para a responsabilidade de um só homem,a verdade é que o Procurador Geral da República,desta vez foi rápido a instaurar um processo de averiguações.Nada nos leva a duvidar da sua eficácia,atendendo a todos os antecedentes e ao facto do senhor Procurador parecer querer abandonar de vez o papel de Raínha de Inglaterra!Como tal ,a curto prazo,as acções e atitudes do Alberto João,serão julgadas e seguramente exemplarmente punidas, se fôr caso disso!Mas então e os outros buracos,os outros golpes,as outras fraudes,as outras omissões,as outras irresponsabilidades e os outros implicados nos BPN e quejandos?Onde estão?Á espera de um tribunal competente,em face da renúncia do inicialmente indigitado?Já deixaram de interessar ao negócio dos «média»?Quando e quem acaba com o regabofe?Sinceramente não entendo a prioridade dada á divida da Madeira,que segundo o Primeiro-Ministro vai ser paga básicamente por um esforço adicional dos madeirenses,que representa uma percentagem minima da dívida total do Estado,que o governo ainda não divulgou e que segundo o magnífico ministro dos Negócios Estrangeiros,não interferiu na nossa imagem além-fronteiras!Talvez a intenção velada, seja distrair o pagode da gravíssima situação em que vivemos e das atitudes assumidas diáriamente pelos nossos magníficos governantes.A previsão de um déficit maior do que o inicialmente contabilizado,o desvio Socrático,o desvio madeirense,as exigências da troika e a obcessão de antecipar metas já de si muito difíceis de atingir,são argumentos mais do que válidos,para aumentarem uma vez mais os impostos, os transportes,os combustíveis, retirarem o subsídio de Natal por inteiro,acabarem com todas as regalias e apoios sociais,roubarem um pouco mais nas pensões dos reformados ou retirarem á queima- roupa os miseráveis quinhentos euros a que os alunos mais bem classificados tinham direito como incentivo,agora desviados para financiar alunos mais carenciados,que até poderão ser os melhores classificados!Porque não se assume posição idêntica em relação á minoria dos super- milionários deste País?Porque é que os milhares de carenciados da nossa sociedade,não podem beneficiar de umas migalhas das fortunas acumuladas por esses senhores feudais?É mais fácil nivelar por baixo,não é senhores governantes?E na conjuntura social que nos caracteriza há muitos anos,não seria muito salutar acabar de uma vez por todas com o regabofe,pois não senhores governantes?Depois de julgado e eventualmente condenado,penalize-se o Jardim,mas será de toda a conveniência que ninguém se esqueça do resto da quinta á beira-mar plantada!

MORTE Á GUERRA E Á FOME!

Olhos lindos
Mas muito tristes,
De pestanas caídas
E lágrimas secas,
Face sem expressão,
De sorriso gasto
E ao canto do lábio,
Uma migalha de pão!
Ténue gemido
Que ninguém ouviu,
Mosca teimosa,
Entrando na boca
Esquecida na mama
Que há muito faliu,
No corpo franzino
Da Mãe quase louca!
Lá ao fundo,
Uma rosa de porcelana
Diz adeus ao menino,
Que se despede do mundo,
Sem lugar na terra,
Sem direito á vida,
Sem qualquer futuro,
Nem sequer presente,
Nascido para morrer
E ser vítima inocente,
Da maldita guerra!

OUTONO !

Chega o Outono,
Calado, manso e pontual!
Despem-se as árvores
E soltam-se as folhas
De tons castanhos dourados,
Côr de fogo,alaranjados,
Em aguarela sem igual!
Melancolia e beleza,
Em dias mornos
De luz suave,
Em noites longas
De luares sedosos,
De nuvens loucas
Em céu cinzento!
Vida que se renova,
Num último alento,
Juras de amor eterno,
Que se vâo diluindo
E depois se esgotam,
No prenúncio do Inverno!

FRAGATA DO TEJO!

De manhã,
Ao amanhecer,
Vi partir uma fragata,
De azimute aprontado,
Vela branca enfunada,
Reflectida na água lisa,
De um Tejo adormecido!
Navegava quase parada,
Á custa de ligeira brisa,
Qual poema da natureza,
Escrito por mão divina,
Num hino ao tempo perdido
E um elogio á beleza!
Afastou-se como raínha,
Sem sequer dizer adeus!
Fiquei no molhe pasmado,
Longas horas a sonhar,
Que também eu tinha embarcado,
Para antes de subir aos céus,
Ir dizer adeus ao mar!

SONHO DA VIDA!

Molho os pés,
Na praia da minha infância
E deixo a imaginação voar,
Nas asas da forte nortada!
Regressam sonhos antigos,
Que renascem da areia molhada,
Envelhecidos, mas bem vivos,
Carregados de virtude!
Sem querer volto a sonhar,
Com viagens e marés,
Amores terrenos,celestiais,
Carinho, ternura e sorrisos,
Na minha ilha encantada!
Depois,entre suspiros e ais,
Acordo frio e tristonho
Por ter morrido a ilusão!
Fica a dôr,vai-se o sonho,
Afunda-se a terra dourada
E perde-se na escuridão,
A esperança de uma vida!

CARTA ABERTA AO ALBERTO JOÃO JARDIM!

MEU CARO ALBERTO JOÃO:




Por muitas razões que as pessoas possam ter,custa sempre ver um amigo em apuros,condenado antes de julgado,atacado por todos os lados e toda a gente,odiado por muitos e criticado pelos «média» oportunistas,recalcados e rancorosos,apenas preocupados em induzir as pessoas a seguirem telenovelas mais ou menos politizadas,que lhes vendem os jornais e programas de televisão!Quero que saibas, que á partida e como bom«cubano»,há muitas coisas em que discordo frontalmente de ti.Não por me chamares cubano,já que também eu te poderia chamar ilhéu ou qualquer outra coisa,sem que isso viesse a ferir minimamente a tua honra.Muito menos por chamares rectângulo ao território continental,até porque se me der na real gana ninguém me vai impedir de chamar quadrado á tua ilha!Estou-me perfeitamente nas tintas para que tenhas chamado pelo senhor Silva ou cantado a «mula da cooperativa» ao senhor Guterres!É lógico que deveriam ser os visados a reagir,mas que eu saiba não só não reagiram,como algum tempo depois te foram visitar e adular,como fez o sr Jaime Gama, por exemplo!Não posso estar de acordo contigo se fôr verdade que controlas a comunicação social na tua ilha,mas se calhar tenho que te dar razão,quando te insurges contra a desonestidade,partidarismo,oportunismo e até clientelismo, da maior parte da imprensa continental e de alguns dos seus jornalistas.Se na realidade é verdade que escondeste as contas públicas,terei de te criticar e aguardar que me expliques essa da legítima defesa!Mas há um ponto fundamental,que não vejo discutido e muito menos publicitado:é que para além das centenas de buracos e desvios que nos aparecem todos os dias,vindos dos mais variados quadrantes,a verdade é que não entendo como ao longo dos anos,nenhuma entidade fiscalizadora das que existem para aí aos magotes, geridas por gestores das cores do poder e principescamente pagos,descobriu ou alertou para os buracos que agora te são atribuídos!Também não entendo porque razão os governantes que ao longo dos teus trinta e tal anos de reinado foste ameaçando das mais variadas e imaginosas formas,sempre te fizeram as vontades e satisfizeram os caprichos,sem nunca porem em causa as contas que lhes foste naturalmente apresentando.Porque será?Serão irresponsáveis, incompetentes ou simplesmente medrosos?Como é que os Cavacos,Guterres,Durões,Santanas e Sócrates,nunca se aperceberam de nada?Li hoje nos jornais, que tanto o Presidente da República como o Procurador Geral,tinham conhecimento há já algum tempo,do badalado buraco!Então porque não levantaram o problema e te responsabilizaram atempadamente?Será que não devem ser responsabilizados em hipotéticas irregularidades?Sinceramente não entendo e mais grave do que isso,já não acredito em nada nem em ninguém!Como julgo que os anos em que partilhámos na mesma República, os gostos e desgostos da vida acadèmica Coimbrã,foram mais que suficientes para te conhecer,não posso crer que a haver qualquer irregularidade ,ela tenha acontecido em teu benefício,mas sim em prol do teu quadrado insular e dos teus ilhéus.Todos os desvios,todos os buracos e todas as fraudes que têm vindo a público ,mais as que estão no segredo dos deuses continentais, têm sido em proveito de quem as comete e á excecpção de um ou outro bode expiatório,a maior parte dos responsáveis,passeia-se impunemente por todo o lado,continua a ser nomeado para os cargos públicos mais bem remunerados e ainda se dão ao luxo de despudoradamente nos debitarem conselhos!Porque será?Continuo demasiado ingénuo,para poder aceitar ou criticar atitudes desonestas e que nos penalizam sériamente em matéria de impostos,«rendimentos desviados»,reformas «tuberculizadas»ou solidariedade dita patriótica!Aprendi agora que só a classe média é patriota!Sabes que mais?No fundo tens menos culpa,se é que a tens, do que todos esses parasitas nojentos que infestam uma sociedade depauperada,desgastada descrente e todos os dias e cada vez mais penalizada injustamente.Há milhões desviados não se sabe bem para onde,ou não é conveniente saber,sem que a grande maioria dos cubanos tenha usufruido de qualquer vantagem directa ou indirecta!No teu caso ,mesmo que haja irregularidades,provávelmente burocráticas,pelo menos tens obra feita e a tua gente beneficiou dela,melhorando substancialmente a qualidade de vida.É seguramente mais um encargo para todos nós, que não somos e não fomos ouvidos nem achados,mas se calhar uma gota de água,no mar de encargos,impostos e obrigações,em que nos tentam afogar todos os dias!É evidente,que não posso deixar de te censurar,mas simultâneamente quero-te garantir,que nunca serei o burro a dar coices no leão cercado por caçadores mais ou menos furtivos!Em última análise se te demitires ou te demitirem,vamos fundar um Solar,onde possamos jogar uma lerpa descansada,um futebol de salão ao fim da tarde,um snooker no Avenida,desviar umas cadeiras do Café Fontes ou rezar uma missa campal de madrugada,em desconto dos nossos pecados!Aí vai um abraço!

MELO SERENO

PECADOR INVETERADO!

Eu pecador,
Vos confesso,
Mil pecados cometidos,
Muitos em pensamento,
Alguns por palavras ditas,
Uns quantos por obras feitas!
Na fase que atravesso,
De mil pecados perdidos
E poucas obras perfeitas,
Resta-me a absolvição,
Doseando o meu lamento,
Em função da penitência
E de umas tantas promessas,
Que possa vir a pagar,
Para tentar ser um santo,
Na próxima encarnação,
Pois se assim acontecer,
Poderei pecar à vontade,
Sem que ninguém possa ver!

SÓ!

SÓ,
Como poema inacabado,
Á espera de retoque,
Que teima em tardar!
SÓ,
Como barco perdido,
Sem vela e de leme partido,
Á deriva no meio do mar!
SÓ,
Como cachorro abandonado,
Em rua escura,
Triste,saudoso,magoado,
Sem sequer poder ladrar!
SÓ,
Como rosa velha,
Em jardim de inverno,
De pètala amarela,pardacenta,
Que vai morrer a qualquer momento!
SÓ,
Como pàssaro caìdo do ninho,
Piando até á exaustão,
Senhor da sorte que o espera,
Se ninguém lhe deitar a mão!
SÓ,
Porque nasci assim,
Com sorte e destino traçado,
Velho,caído do ninho,
Á deriva e abandonado,
Num mundo que não é meu,
Poema autêntico,mas inacabado,
Nascido da sorte que alguém me deu!

PERSEGUIÇÃO!

Persigo desesperado,
O que sempre soube existir,
Sem conseguir entender
E muito menos definir,
O que me trás angustiado!
Não pode ser ilusão,
Grande mistério ou feitiço,
Nem sequer lenda perdida,
Do velho tesouro escondido
Em areias do deserto,
Muito menos história inventada,
Por alguém armado em esperto!
Um dia será palpável,
Caindo na palma da mão,
Ao lado da linha da vida,
Como semente em terra arada!
Então,vai nascer amor-perfeito,
Fresco,lindo,azul dourado
E liberto de preconceito!

AMAR!

AMAR,
É toque a rebate,
Aqui perto,
Ou mesmo longe,
Sentindo o coração que bate,
Agitado, em peito aberto!
É ser dono ,sem ser monge,
Do velho mosteiro da vida,
Parindo em parto sem dôr,
Um sentimento tão puro
Como o sorriso de criança,
A que chamaram de amôr!
AMAR,
É parar no tempo,
Enquanto o mundo avança,
Lento,impávido e sereno,
Sem querer perder a dança,
De uma vivência em pleno!
AMAR,
É sentir dôr na alma,
Que aparece de repente,
Sem causar instabilidade!
É doce,é mel é calma,
Património de toda a gente,
Qualquer que seja a idade!

MINI POEMA!

Tenho as portas da alma,
Abertas de par em par,
Para que entre a luz
De um sol-poente
Em tarde calma,
Carícia suave do verbo amar,
Ao alcance de toda a gente!

FLORES SILVESTRES!

Que venham flores silvestres,
Matar as ervas daninhas,
No meu campo preferido!
Quero-o inundado de pétalas,
Que resistam a ventos agrestes
E que em permanente sorriso,
Dêem vida ao sonho antigo,
De saber que são só minhas!
Rosas bravas e malmequeres,
Urze,carqueija e alecrim,
Em paridade total!
Se te apetecer viver assim,
No meio do matagal,
Podes vir quando quizeres
E faz dele o teu jardim!

VILAR DE PERDIZES!

Há anos que queria visitar Vilar de Perdizes,mostruário de uma espécie de medicina alternativa e respectivas práticas,com o seu quê de milagrosas!Aldeia nas entranhas de Trás-os-Montes,onde a frágua e a urze ainda são raínhas,carregada de tradições místicas,com apetência para tudo o que é bruxaria e o feitiço de uma crença secular nos remédios caseiros,imbuídos de segredos transferidos ao longo dos tempos, de pais para filhos ou sobrinhos,de eficácia comprovada e ao que consta sem efeitos secundários!Este ano,tive oportunidade de concretizar a visita,no último dia de festa,o que me permitiu tomar contacto com uma série de terapêuticas que desconhecia,á base de xaropes e poçôes,com rótulos apelativos,onde o «Levanta o pau»,«Rasga colchões» ou «Pau de Cabinda»,têm lugar previlegiado e marketing garantido,só ultrapassado pelo veneno de escorpião,na cura do cancro!Por azar a farmacopeia este ano estava bastante reduzida,ao que me informaram,por obra e graça da ASAE,que á falta de melhor,entendeu penalizar aquelas criaturas,a quem os parcos euros conseguidos na venda temporária dos produtos,fazem muita falta,para o equilibrio do orçamento familiar.Constava que tinham retirado xaropes,mézinhas e tudo o que não tivesse no rótulo,prazo de validade e composição química!O prejuízo foi grande,a par da tristeza que se adivinhava no rosto dos mais penalizados!Estou perfeitamente de acordo,com a necessidade da fiscalização de produtos,regras sanitárias ,de higiene e tudo o que possa conduzir á melhoria substancial do que consumimos e á sua certificação,mas sinceramente parece excesso de zêlo e uma atitude didáctica pouco conseguida e seguramente suplantada por um sentimento de revolta, que se entende.As alternativas são muitas e sem ter que ir mais longe,atrevo-me a sugerir que a actividade da ASAE,como entidade fiscalizadora,se estenda á política e aos políticos da nossa praça!Porque não certificar os rótulos de alguns deputados,os prazos de garantia dos políticos profissionais ou a qualidade de alguns produtos fabricados mais ou menos clandestinamente intra -muros partidários,para oportunamente serem lançados para a ribalta política?Porque não penalizar e até retirar do mercado,a demagogia,a incompetência,o cinismo e a estupidez com que todos os dias somos brindados?Porque não testar o equílibrio e qualidade dos ingredientes utilizados na génese de alguns ministros,na tentativa de perceber se as medidas que nos atormentam são elaboradas na substância branca ou cinzenta desses cérebros iluminados?Porque não fechar de vez os centros e vias de corrupção?Já agora, porque não incentivar o consumo de alguns produtos de Vilar de Perdizes,devidamente certificados,na tentativa de fomentar em alguém,os atributos necessários, para de uma vez por todas tomar o pulso á crise e simultâneamente manter a dignidade,a integridade física e moral de todos nós,sem ter de hipotecar o que de bom conseguimos de há uns anos a esta data?Haja bom senso,definam-se prioridades e penalize-se o que na realidade deve ser penalizado,sob pena de um dia destes as entranhas transmontanas,parirem a revolta latente,mas que naturalmente ninguém deseja!

MONTANHA DA VIDA!

Quero subir a encosta,
Que falta até ao cume
Da montanha da vida,
Em passo leve e ritmado,
De cabeça bem levantada
E a olhar sempre em frente!
Quem corre atrás do que gosta,
Com paixão em brando lume,
Não pode sentir perdida,
A esperança do passado,
Gravada na velha calçada
E razão do tempo presente!