Onde param
Os sorrisos lindos,
Os olhos vivos
De olhar sereno,
Os lábios sensuais,
O verde dos arrozais,
Ou as nuvens brancas
Em céu azul?
Onde estão
As ondas meigas,
A beijar a areia,
Em fim de tarde
De Sol dourado?
Alguém abriu
A porta do Inferno,
Em pleno dia
E pariu a pandemia!
Sento-me nas dunas,
A ouvir o vento,
O piar cansado das gaivotas,
Recordando velhas histórias
Perdidas no tempo!
Ouço o eco
Das minhas memórias,
Deito-me com a tristeza
Com que vou acordar
E sonho ,ingénuo,
Que num dia de Outono,
Tudo vai voltar!