quarta-feira, 6 de abril de 2011

CRISE

Qualquer coisa corre muito mal,não no Reino da Dinamarca,mas no nosso Reino que tanto trabalho deu a D. Afonso Henriques,Dona Urraca,Dona Teresa e tantos outros antepassados,de quem deveríamos ter herdado a fibra,a determinação e a persistência! Na verdade,assistimos nos ultimos meses e principalmente nas duas ultimas semanas,a um crescendo de desorientação total,com um Governo a insistir em soluções perfeitamente estafadas,a oposição a criar um acréscimo de dificuldades e de descredibilização do Paìs,com o Presidente mumificado no alto do seu terraço de Belém,a fazer de conta que a guerra não é dele,apesar de ter sido o primeiro a puxar hábilmente o gatilho, no reduzido espaço de manobra a que fez referência! Não sou político,mas tambem não sou burro!Para político falta-me um estômago mais resistente,que consiga digerir sapos vivos e simultâneamente seja capaz de evitar a náusea,que o oportunismo,a desonestidade intelectual, a amoralidade e a pouca vergonha, ainda me vão desencadeando. Seria burro,se reduzisse a gravidade da crise actual,a uma eventual falta de palha nos tempos mais próximos!E isso, lógicamente,eu não posso,nem devo fazer... Resta-me tentar perceber,porque razão a minha pensão de reforma emagrece sistemáticamente, a bem de uma pretensa consolidação social ,enquanto outras engordam desmesuradamente,sem o mínimo pudor e mais grave do que isso,inseridas numa conjuntura considerada justa,perfeitamente normal e como tal intocável! Resta-me tentar perceber,poque é que sou taxado,sem dó nem piedade,na gasolina,no Iva,nos medicamentos,nos bens de primeira necessidade,na saúde,na assistência social e em tudo que me seria devido,ao fim de uma vida de trabalho e já agora de descontos brutais, diluidos e dirigidos para a necessidade permente que os senhores governantes têm, de se deslocar em automóveis de luxo,viajar em primeirissima classe e receber salutares ajudas de custo! Resta-me tentar perceber,poque que é que os bancos,os seus donos e quejandos,não podem ser mais tributados,em função dos lucros fabulosos que fazem questão de apregoar aos sete ventos,numa defaçatez totalmente imoral, que passa ao lado da pobreza extrema, cada vez mais institucionalizada. Finalmente,gostaria de entender porque é que ainda não virei burro,em função de toda esta ignorância,ou ainda não sou político,para poder salvaguardar num futuro próximo,uns fardos de palha,a distribuir, com conta,peso e medida aos burros,que para todos os efeitos,são «ESPÉCIE PROTEGIDA»neste pobre País!

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