domingo, 10 de abril de 2011

O BURACO DE OZONO

Confesso a minha pouca apetência,competência e paciência,para entender,dissecar e aceitar,alguns buracos com que lidamos diáriamente,rotinados no desprezo pelas mais elementares regras de segurança e alheados dos direitos que nos assistem,enquanto cidadãos e contribuintes!Refiro-me por exemplo aos buracos com que somos brindados permanentemente nas ruas e passeios de Lisboa,nas estradas secundárias e até nas vias rápidas.Para além dos naturais estragos e desgaste prematuro de pneus,suspensões e coluna dos condutores,constituem seguramente um risco acrescido e desnecessário,na origem garantida de alguns acidentes. Não são de menospresar os buracos nos orçamentos e planos estratégicos,dos governos que nos fingem governar,as constantes derrapagens no custo das obras públicas e principalmente o enorme buraco para onde fomos arrastados progressiva e alegremente,sem ser ouvidos,graças á famosa crise que teima em nos acompanhar,em permanência tão desagradável quanto penalizante!Vem tudo isto a propósito de um artigo publicado numa revista,chamando a atenção para a perigosa influência, que a reconhecida flatulência das nossas amigas e pachorrentas vacas,tem no descalabro do buraco do ozono!Aí sim, é caso para ficarmos todos deveras preocupados!Preocupados com o aumento incontrolado e incontrolável do tal buraco, preocupados não só por termos finalmente percebido o elevado grau de aerocolia dos simpáticos herbívoros,mas também com a dificuldade que se adivinha em encontrar uma terapêutica radical para esse tipo de patologia e como tal a suspeita de uma continuidade deveras aflitiva,na expulsão descuidada de gases ozónicos e seus derivados!Se por um lado ,as vacas têm democráticamente,todo o direito de libertar para a estratosfera os componentes mais aéreos,resultantes da ingestão exagerada e apressada do alimento que conseguem nos verdes lamareiros,a verdade é que ao pôr em causa a saúde do bicho- homem,perdem imediatamente todos os direitos adquiridos nos anos em que se desconhecia o tal buraco e a libertaçao gasosa era totalmente livre, em função das necessidades de cada animal!Apesar de desde sempre,os simpáticos animais terem assumido sem complexos e libertinamente essa atitude socialmente tão criticável,a verdade é que é de temer que a bem da razão cientifica especializada na produção,libertação e provávelmente condensação gasosa em altitude,haja mentes iluminadas aconselhando acabar com a espécie,se eventualmente não se conseguirem quantidades enormes de carvão vegetal,ou Aero-om ás litradas, que de algum modo possam contrariar tão nefasta atitude!Para que não restem dúvidas afirmo desde já que não terão em qualquer caso o meu aval!Na realidade para além de perdermos o ensejo de saborear os magnifícos bifes do lombo,teríamos necessidade de passar a beber leite de cabra ou de burra,caso fosse possível comprovar inequivocamente que estas espécies não seriam tão flatulentas e poluentes gasosas,assumindo uma atitude socialmente mais suportável!Além de tudo a sua eliminação fisíca seria tremendamente injusta,já que feitas bem as contas,apesar do seu porte fisíco imponente,são em número muito inferior aos seres humanos,tambem eles tradicional e genéticamente atreitos a flatulências várias e a descuidos criticáveis,quase sempre de difícil controle,com a consequente impregnação da atmosfera polar,pouco aconselhável em termos ozónicos!Resta-nos assim,melhorar a protecção contra os raios solares,suportar desportivamente eventuais alterações climatéricas e deixar em paz os bovinos por mais flatulentos que possam ser,

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