sábado, 17 de setembro de 2011

SÓ!

SÓ,
Como poema inacabado,
Á espera de retoque,
Que teima em tardar!
SÓ,
Como barco perdido,
Sem vela e de leme partido,
Á deriva no meio do mar!
SÓ,
Como cachorro abandonado,
Em rua escura,
Triste,saudoso,magoado,
Sem sequer poder ladrar!
SÓ,
Como rosa velha,
Em jardim de inverno,
De pètala amarela,pardacenta,
Que vai morrer a qualquer momento!
SÓ,
Como pàssaro caìdo do ninho,
Piando até á exaustão,
Senhor da sorte que o espera,
Se ninguém lhe deitar a mão!
SÓ,
Porque nasci assim,
Com sorte e destino traçado,
Velho,caído do ninho,
Á deriva e abandonado,
Num mundo que não é meu,
Poema autêntico,mas inacabado,
Nascido da sorte que alguém me deu!

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