quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

NATAL DO MENDIGO!

Vagueio sem destino,
Sem rumo marcado,
Na avenida do tempo,
Num passo apressado,
Á beira do rio amigo
E de cabelos ao vento!
Grito palavras cruzadas,
Termos caros,abstractos,
Mais triste que desiludido,
Tentando chamar á razão,
Alguém que vejo deitado
Numa manta de farrapos!
Boa noite,disse o mendigo,
Passe bem respondi eu,
Meio sério, meio a sorrir!
Não quiz conversa o pobre,
Que se embrulhou no cobertor,
Virou-se para o outro lado
E continuou a dormir!
Tudo correu muito mal,
Naquela noite de breu!
Eu não encontrei amôr
E o pobre perdeu o Natal!

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