sábado, 15 de outubro de 2011

TRISTEZA!

Olho á minha volta
E só vejo tristeza!
São tristes os olhares
Pesados e melancólicos,
Tal como os tristes sorrisos,
Que nascem de lábios secos,
Em amálgama de esgares!
Tristonhas são as palavras,
Contendo um mar de revolta
E um mundo de incerteza!
Estão mais tristes as ruas,
Mais sujos os passeios,
Há menos luz nos velhos becos
E as paredes estão mais nuas!
Soam tristes também,
As notas da minha guitarra
E nas letras dos meus fados,
Há pouca uva e muita parra!
Migraram as andorinhas,
Calou-se o rouxinol,
Fugiram as cotovias,
Só ficaram corvos no mar!
Prolongam-se as noites
E encurtam-se os dias,
Da vida que os tem contados,
Com meio mundo tristonho
E o outro meio a chorar!

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