quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O DEBATE

Apesar de totalmente desiludido com as atitudes e postura dos políticos caseiros,resolvi tomar atenção ao anunciado debate televisivo,entre os representantes das duas maiores centrais sindicais,membros do governo,do capital e da economia.Tinha alguma esperança de poder vir a ser elucidado sobre a situação real do Paìs,numa discussão isenta de interesses pessoais,partidários ou politicos,que me pudesse motivar para os sacrifícios que me são pedidos,ou melhor ,que me querem impôr,numa partilha responsável com todos os parceiros de desgraça.Pura ilusão meus senhores!De um lado os responsáveis máximos do sindicalismo nacional,esgrimindo argumentos um tanto ou quanto enferrujados,jurando consonância de objectivos,anunciando a greve geral redentora!Ao seu lado,o patrão do patronato,bem enquadrado no cenário,ar preocupado,atento a qualquer pormenor que pudesse pôr em causa direitos adquiridos,ou seja, os lucros exorbitantes de um sem número de empresas!Na sua frente um jovem e inocente professor de economia,um ministro recidivante do actual governo e um anafado,bem remunerado,aposentado no activo,representante não se sabe muito bem de quê ou de quem!Na plateia ,alguns representantes das autarquias e um sem número de ilustres convidados da apresentadora,bem apresentada,sentada num banco,em postura mais ou menos sensual e equidistante dos intervenientes.Foi neste cenário que se afirmaram posições ,defenderam atitudes, venderam ilusões e apenas se disseram as convenientes meias verdades!Os brilhantes raciocínios,foram interrompidos por longos intervalos publicitários,ou pelas intervenções normalmente pouco oportunas,da moderadora,tambem ela ávida de protagonismo que ajude a subsidiar o programa e a justificar mais alguma comenda.A paciência foi-se esgotando ao longo do tempo,farto de lugares comuns,da defesa do indefensável e principalmente da desfaçatez dos crónicos e iluminados clientes assíduos do parasitismo social,pregadores repetitivos de políticas esgotadas.Confesso,humildemente, a minha total incapacidade para aguentar o suplício até ao fim!Antes de adormecer,interroguei-me sobre o que nos espera,entregues a meia dúzia de eleitos,a uma dúzia de comentadores e á elite de bancários e gestores.Talvez por isso, sonhei que cantava a balada da despedida e ao acordar percebi que o nosso fado é eterno!

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