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AMARRAS !
Não é fácil,
Cortar as amarras
De barcos fundeados,
Em baías perdidas!
Sopram os ventos,
Tocam guitarras,
Agitam-se as águas,
Mas mesmo inundados,
Baloiçam-se lentos
A carpir mágoas
E recusam partir!
São os barcos da vida,
Sem rumo nem sorte,
Que aprenderam a sorrir
E a negar a morte!
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