domingo, 1 de janeiro de 2012

DIÁRIO 1/1/2012




                  Começou mais um ano,depois de uma noite muito mais triste do que era habitual!As catástrofes de toda a espécie anunciadas repetidamente,incluindo o fim do mundo,para o ano que agora se inicia,são assustadoras e desencorajam atitudes mais alegres,relaxantes ou animadas.As alternativas para a passagem do ano,reduziram-se substancialmente ou foram bem camufladas, para não haver eventuais choques ou comentários menos contidos, de quem neste momento tem sérias dificuldades para sobreviver com um mínimo de dignidade!Para cúmulo da desgraça,os programas de televisão nesta passagem de ano,foram lamentávelmente fracos,á base de concursos degradantes,onde se exploram públicamente, sentimentos,complexos,defeitos,ignorancia de bradar aos céus e até tendências mais ou menos aberrantes,por muito modernas que possam parecer!Conseguem-se assim várias horas de televisão,quase sem gastar um cêntimo com os figurantes,talvez para compensar os milhares de euros pagos ás estafadas e plastificadas apresentadoras,ao decadente Herman,á Maria Rueff,á Ana Bola e toda aquela amálgama de humoristas de meia-tigela,que teimam em repetir graçolas completamente descabidas e desgastadas,que nos massacram impiedosamente toda a noite!Mas a malta gosta e alimenta este tipo de programas televisivos de qualidade rasteira, curiosidade macabra,falso mistério , duvidosa moral e seguramente reduzida ética!Onde está um Vitorino Nemésio,um João Villaret,um Raúl Solnado,ou até um Eng. Veloso?Sei que me vão chamar cota,bota de elástico,velho abominável e presentear com muitos outros adjectivos salutares!Acreditem que se assim fôr,lamento que percam o vosso tempo e energia comigo,em vez de os utilizarem a exigir programas culturais,recreativos e até desportivos de boa qualidade,a que todos devíamos ter direito e resta-me citar o meu amigo João Cervejinha:«As vossas palavras,são como balas que resvalam na couraça da minha indiferença»!

1 comentário:

  1. Concordo plenamente com este artigo. Por isso fui para a rua conviver com pessoas. Gente siimples como eu, mas não deixamos de festejar o ano Novo e com a esperança de que este Portugal ainda mude um dia.

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